Esta Performance multimedia baseada nas histórias de Stanisław Lem (autor de Solaris, entre outros) atrairá o público mais jovem e todos os amantes da literatura de ficção científica. O tema principal é mostrar vantagens e perigos da interação humana com a emergente inteligência artificial independente. É uma peça interativa – o andamento da peça é influenciado pelo público por meio de um aplicativo especialmente desenvolvido para smartphones. O caráter multimedia da peça consiste no amplo uso de eletrónicos, projeção de animação e elementos interativos controlados por um aplicativo móvel.
Vanessa Fernandes e Xin Song / curadoria: Michelle Loh
RAMPA Porto
“Invented Sea”, o terceiro capítulo do projeto, propõe um diálogo visual entre a artista portuguesa Vanessa Fernandes e a artista nova-iorquina Xin Song. Através de conversas e estudos recíprocos via zoom e e-mail, um diálogo entre as artistas tornou-se um diálogo dos seus trabalhos. Os artistas começaram a explorar como a arte contemporânea pode ser ampliada e transformada através do contacto com diferentes culturas e tradições; como seu trabalho pode ser expandido e potenciado por esse tipo de encontros, e como a expressão visual pode ser um meio de acesso a um desejo inato de abraçar a incerteza.
«Tales of Two Cities III: “Invented Sea: Porto and New York”» é comissariada por Michelle Y. Loh.
A Rampa é uma estrutura financiada pela Direção-Geral das Artes, Ministério da Cultura e pelo Criatório/Câmara Municipal do Porto.
Como podem diferentes narrativas – pessoais, íntimas, particulares – encontrar-se e desencadear um discurso político coletivo, transformador, subversivo, contra-cultura?
Em tempos de ruptura marcados por uma aparente aproximação entre indivíduos proporcionada por novas redes de informação e comunicação, a fragilidade dos laços humanos, a solidão, o narcisismo, o medo e o ódio ao outro, a assimilação ou degeneração das ideologias e organizações políticas populares parecem simultaneamente negar qualquer vislumbre de um mundo mais solidário que exige empatia e vínculos, onde o bem-estar colectivo se assuma como pilar político e civilizacional. A agenda política e uma certa ideia da cidadania ocidental podem criar um sentimento de não pertença como fenómeno do nosso sistema neoliberal, colonial e patriarcal.
Como quebrar as narrativas atuais de marginalização, gentrificação, solidão e _______?
O entendimento e a relação com os vários aspectos da nossa intimidade, a partilha de sentimentos e o nosso próprio ser refletem-se nas muitas camadas da nossa herança cultural e constituem o ponto de partida para desvendar os contextos políticos que acompanham o lugar onde vivemos e a descoberta da nossa própria identidade para estabelecer conexões entre a memória coletiva do passado, as experiências do presente e a imaginação acerca do futuro (talvez utópico?).
Artistas participantes na exposição: Claire Sivier, Desiree Desmarattes, Miguel F, Natasha Bulha Costa, Odair Monteiro, Vanessa Fernandes, Vijay Patel
Curadoria: João Terras e José Maia
ATLANTICA: CONTEMPORARY ART FROM CABO VERDE, GUINEA BISSAU, SÃO TOMÉ AND PRINCIPE AND THEIR DIASPORAS
ATLANTICA: CONTEMPORARY ART FROM CABO VERDE, GUINEA BISSAU, SÃO TOMÉ AND PRINCIPE AND THEIR DIASPORAS
ATLANTICA: Contemporary Art from Cabo Verde, Guinea Bissau, São Tomé and Príncipe and their Diasporas é o terceiro livro da editora Hangar Books, especializada em publicações no contexto das artes contemporâneas, com foco nas espistemologias do sul. Na sequência das duas obras anteriores dedicadas, respectivamente, a Angola e a Moçambique, este novo livro da série “Atlantica” centra-se na arte de Cabo Verde, da Guiné-Bissau e de São Tomé e Príncipe, bem como nas suas diásporas. É editado pelo artista César Schofield Cardoso, em conjunto com Mónica de Miranda, que assina também a coordenação.Nos diferentes ensaios, encontramos grande variedade de formatos e géneros de escrita no livro, o que reflecte a diversidade de origens dos autores. O livro reúne doze artistas nascidos pós-independência, com distintas histórias, perspectivas e visões artísticas. As práticas de arte contemporânea que surgiram, ou se desenvolveram nos país, são em si ferramentas de resistência e rebelião e, como tal, são centrais para as estratégias de descolonização que os artistas usaram para entender, analisar e resistir ao impacto socioeconómico dos eventos quotidianos e das suas próprias realidades pessoais.
EDIÇÃO: César Schofield Cardoso e Mónica de Miranda
ENSAIOS: Azu Nwagbogu, Mónica de Miranda, César Schofield Cardoso, Ana Cristina Pereira, Inês Beleza Barreiros, Raquel Schefer, Ana Nolasco, Álvaro Luís de Lima, Michelle Salles, Paula Nascimento, Mariana Aboim, Raquel Lima, Valdívia Delgado Tolentino, Cristiana Tejo, Luísa Santos, Inocência Mata, Joacine Katar Moreira, Ana Balona de Oliveira. This Project was produced with national funding from the FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P, under the Project UIDB/00509/2020
TÍTULO ORIGINAL | Atlantica: Contemporary Art from Cabo Verde, Guinea Bissau, São Tomé and Principe and their Diasporas ANO DE EDIÇÃO | 2021 | Nº PP | 224 Formato | 20,5 x 25,5 cm | ISBN: 978-989-53353-0-5 PVP 35€ / Lançamento em 10 de Dezembro de 2021
Direção de fotografia para “Mudança” de Welket Bungué no 71Berlinale – Forum Expanded
Untitled é a 8ª edição do Workshop Internacional organizado pelo Hangar em parceria com a rede internacional Triangle Network (TN).
Frequentemente é um título que nomeia trabalhos artísticos e exibições: Untitled abre possibilidades e assume um não-nome, um infinito processo de opções e processos criativos. A intenção é a de não comunicar uma explicação através da nomeação do trabalho, para que possa falar por si próprio, aberto à diversidade das práticas do artista.
Untitled is the 8th edition of the International Workshop organized by Hangar in partnership with the international network Triangle Network (TN).
It is often a title that names artistic works and exhibitions: Untitled opens up possibilities and assumes a non-name, an infinite process of options and creative processes. The intention is not to communicate an explanation by naming the work, so that it can speak for itself, open to the diversity of the artist’s practices.
Afrotopia e Afrofuturismo: Impressões sobre o significado de arte afrodiaspórica
Livraria Tigre de Papel I 5 de dezembro I 18h – 20h
Alexandre Francisco Diaphra (músico), Ana Balona de Oliveira (historiadora de arte e curadora), José Lino Neves (associação Batoto Yetu), Vanessa Fernandes (realizadora) e Yaw Tembe (músico).
Moderação: Raquel Lima (CES-FEUC / PANTALASSA)
Os conceitos afrotopia e afrofuturismo categorizam experiências e manifestações que simultaneamente recuperam e reinventam uma ancestralidade africana, como imaginam e teorizam um futuro que se constrói através de uma lente artística, científica e tecnológica afrocentrada. Este debate pretende examinar o estado de uma pretensa arte afrodiaspórica desde Lisboa e levantar questões sobre visões negras de um destino alternativo, a partir de novas estéticas ético-artísticas.
The concepts of afrotopia and afrofuturism categorize experiences and manifestations that simultaneously recover and reinvent an African ancestry, as they imagine and theorize a future that is built through an Afrocentric artistic, scientific and technological lens. This debate aims to examine the state of an alleged aphrodiasporeic art since Lisbon and raise questions about black visions of an alternative destination, based on new ethical-artistic aesthetics.